Sunday, December 24, 2006

Nesse curso entendi que a vida não tece apenas uma teia de perdas mas nos proporciona uma sucessão de ganhos. O equilíbrio da balança depende muito do que soubermos e quisermos enxergar (...)
(...) sou dos que acreditam que a felicidade é possível, que o amor é possível, que não existe só desencontro e traição, mas ternura, amizade, compaixão, ética e delicadeza. Penso que no curso de nossa existência precisamos aprender essa desacreditada coisa chamada "ser feliz".
Na arte como nas relações humanas, que incluem os diversos laços amorosos, nadamos contra a correnteza. Tentamos o impossível: a fusão total não existe, o partilhamento completo é inexeqüível. O essencial nem pode ser compartilhado: é descoberta e susto, glória ou danação de cada um -solitariamente. Porém numa conversa ou num silêncio, num olhar, num gesto de amor como numa obra de arte, pode-se abrir uma fresta. (...)
(...) Espiarão juntos, artista e seu espectador ou seu leitor - como dois amantes. E assim, rasgando joelhos e mãos, a gente afinal vai.
Pois viver deveria ser - até o último pensamento e o derradeiro olhar -transformar-se.
Somos autores de boa parte de nossas escolhas e omissões, audácia ou acomodação, nossa esperança e fraternidade ou nossa desconfiança. Sobretudo, devemos resolver como empregamos e saboreamos nosso tempo, que é afinal sempre o tempo presente. Mas somos inocentes das fatalidades e dos acasos brutais que nos roubam amores, pessoas, saúde, emprego, segurança, ideais. De modo que minha perspectiva do ser humano, de mim mesma, é tão contraditória quanto, instigantemente, somos. Somos transição, somos processo. E isso nos perturba. O fluxo de dias e anos, décadas, serve para crescer e acumular, não só perder e limitar. Dessa perspectiva nos tornaremos senhores, não servos. Pessoas, não pequenos animais atordoados que correm sem saber ao certo por quê.
Fruto de enganos ou de amor, nasço de minha própria contradição.
O contorno da boca, a forma da mão, o jeito de andar
(sonhos e temores incluídos) virão desses que me formaram.
Mas o que eu traçar no espelho há de se armar também segundo o meu desejo.
Terei meu par de asas cujo vôo se levanta desses que me dão a sombra onde eu cresço
- como, debaixo da árvore, um caule e sua flor.
O mundo não tem sentido sem o nosso olhar que lhe atribui forma, sem o nosso pensamento que lhe confere alguma ordem. É uma idéia assustadora: vivemos segundo o nosso ponto de vista, com ele sobrevivemos ou naufragamos. Explodimos ou congelamos conforme nossa abertura ou exclusão em relação ao mundo.
Em plena maturidade sinto em mim a menina assombrada com a beleza da chuva que chega sobre as árvores num jardim de muitas décadas atrás. Tudo aquilo é para sempre meu, ainda que as pessoas amadas partam, que a casa seja vendida, que eu já não seja aquela. Para isso precisei abrir em mim um espaço onde abrigar as coisas positivas, e desejei que fosse maior do que o local onde inevitavelmente eu armazenaria as ruins. Os contornos desse eu que me propuseram precisaram ser ampliados segundo o meu jeito, para que, dentro de todas as minhas limitações, eu pudesse me abrir e acolher a vida em constante transformação. Boa parte do tempo andamos meio às cegas, avançando por erro e tentativa, tateando entre os desafios de cada dia. Sobre essa terra firme ou areia traiçoeira teremos de erguer a nossa casa pessoal feita em parte desses materiais brutos. Nem tudo pode ser programado. Os cálculos têm resultados imprevistos. Misturamos em nós possibilidade de sonhar e necessidade de rastejar, medo e fervor. Talvez seja utopia, mas se eu não deixar que se embote a minha sensibilidade, quando envelhecer, em vez de estar ressequida eu terei chegado ao máximo exercício de meus afetos.
Nascemos com toda a carga de nossa genética física e psíquica. Mas não somos apenas isso. Somos em parte resultado do que foram nossos pais. Mas não somos apenas isso. A sociedade em que vivemos tem muitos olhos e braços, que nos vigiam e interferem em nossa realidade. Um deles chama-se opinião alheia. Não a de algumas pessoas amadas e respeitadas, mas essa entidade informe, onipresente, quase onipotente, do "o que eles vão pensar". Sem pedir licença, entra em nossa casa e nossa consciência, limitando, podando.
Mas quem nos dará sugestões, quem nos pode ajudar - se somos também pré-formados, pré-fabricados e condicionados? Quem vai destramar esses fios, onde começamos nós e termina a influência de tantos? Por isso somos buscantes, inquietos, naturalmente insatisfeitos. Não condenados: somos livres para muitas decisões. A partir de quando pude ter algum discernimento, o que fiz para continuar sendo - ou melhorando - isto que agora sou? Como fui me tornando um indivíduo que cultiva liberdade mas também respeito e ternura pelo outro? Como me posicionei em relação a essa entidade anônima e poderosa que se chama os outros, que pode ser amável e cruel?
Nossa visão imprecisa se define mais com o amadurecimento e a reflexão. Forma-se o que chamamos personalidade, opinião própria, atitude. De mil maneiras mostraremos o lugar que pretendemos ocupar: pela escolha das nossas roupas, da profissão, do parceiro, de tudo. Sobretudo no inconsciente eu me comportarei conforme a confiança, a suspeita, o entusiasmo ou o ceticismo que me caracterizam.
Auto-estima é o que me vem à mente. Visão positiva, não cor-de-rosa ou irreal, significando confiança. Capacidade de alegria, busca de felicidade, crenças. O que de melhor posso fazer, como ser inteiro e feliz, dentro de minhas possibilidades - que geralmente extrapolam aquilo em que acreditamos ou nos fazem crer.
Tem a ver com superar o confortável espírito de rebanho: formar e sustentar opiniões próprias. Não com viver desdenhosamente à margem, mas enfrentar o risco de algum isolamento. Não vender a alma a qualquer preço por qualquer companhia, mas selecionar os amados eleitos, os amigos leais, os mestres e modelos sensatos. Até mesmo a profissão mais adequada, a que nos dê mais prazer, se é que podemos fazer essa escolha: temos de pegar qualquer atividade quando se trata de sobreviver. Falar é fácil... Eu sei. Mudanças produzem ansiedade. Tentar sair do emprego em que me pagam mal ou estou infeliz; enfrentar pai ou mãe opressivos; romper um relacionamento amoroso que me diminui ou esmaga; evitar um convívio em que um se anula para que o outro tripudie, num processo de servidão que gera ressentimento e culpa. Sair do estabelecido e habitual, mesmo ruim, é sempre perturbador. O desejo de ser mais livre é forte, o medo de sair da situação conhecida, por pior que ela seja, pode ser maior ainda. Para nos reorganizarmos precisamos nos desmontar, refazer esse enigma nosso e descobrir qual é, afinal, o projeto de cada um de nós.
Nossa maneira de ver e viver reflete - e repete - aquela com que fomos vistos quando éramos somente reflexo no espelho, ou vamos formando uma postura própria com todo o esforço e dor que isso possa exigir? Sendo contraditórios, somamos hesitação e medo com audácia e fervor. Podemos nos esconder no quarto escuro ou virar a cara para o sol, alternar as duas posturas, gastar e consumir, amealhar e multiplicar. Somos tudo isso. Nossa anistia ou nossa aniquilação. Não é só culpa dos outros se ficamos truncados. Em cada estágio podemos colocar algum traço, algum ponto, alguma cor no projeto de quem pretendemos ser. Podemos ser obrigados a usar disfarces, mas no centro de nós mesmos ressoa o nome que nos dermos: a nossa chancela.
Perdas e Ganhos
LYA LUFT



Wednesday, November 15, 2006


Preconceito é uma atitude discriminatória que baseia conhecimentos surgidos em determinado momento como se revelassem verdades sobre pessoas ou lugares determinados. Costuma indicar desconhecimento pejorativo de alguém ao que lhe é diferente. As formas mais comuns de preconceito são o social, racial e sexual.
Eu to revoltada, to furiosa...
Odeio a ignorância!
Você pode se iludir
Mas ilusão custa caro
Pode até se divertir
Como um animal adestrado
Você tem direito a ter um advogado
Você pode fala
rMas é melhor ficar calado
A verdade é cruel
Mas é melhor que seja dita
Eu vou cuspir pro céu
Que ao menos me refresca a vista
Você pode pensar o que bem entender
Mas é melhor tomar cuidado
Que alguém pode se ofender
Mundo cão, mundo cão
Não estou vendo nada novo
Mundo cão, todos estão
Com uma coleira no pescoço
Ninguém mandou ficar de quatro
Ninguém mandou
Você pode ir em frente
Mas não pode olhar pros lados
Pode até comprar
O que não queria ter comprado
Pode ter razão
mas não pode estar certo
Você pode se mexer
Mas é melhor ficar quieto
A verdade liberta
A verdade é essa

Saturday, October 28, 2006

Three little birds, sat on my window
And they told me
I don't need to worry.
Summer came like cinnamon ,
so sweet,Little girls double-dutch on the concrete.
Maybe sometimes,
We’ve got it wrong, but it's alright.
The more things seem to change,
the more they stay the same.
Oh, don't you hesitate.
Girl, put your records on,
tell me your favourite song.
You go ahead, let your hair down.
Sapphire and faded jeans,
I hope you get your dreams.
Just go ahead, let your hair down.
You're gonna find yourself somewhere, somehow.
Blue as the sky,
sunburnt and lonely.
Sipping tea in the bar by the road side.
(just relax, just relax)
Don't you let those other boys fool you.
Gotta love that afro hairdo.
Maybe sometimes,
we feel afraid, but it's alright.
The more you stay the same,
the more they seem to change.
Don't you think it's strange?
Girl, put your records on,
tell me your favourite song.
You go ahead, let your hair down.
Sapphire and faded jeans,
I hope you get your dreams.
Just go ahead, let your hair down.
You're gonna find yourself somewhere, somehow.
Just more than I could take,
pity for pity's sake.
Some nights kept me awake,
I thought that I was stronger.
When you gonna realize,
that you don't even have to try any longer?
Do what you want to.
Girl, put your records on,
tell me your favourite song.
You go ahead, let your hair down.
(go let your hair down)
Sapphire and faded jeans,
I hope you get your dreams.
(hope get your dreams)
Just go ahead, let your hair down.
(Baby, let your hair down)

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Que musiquinha boa de fazer dancinhas típicas minhas. E bah vontade de sair por aí bem tranquilamente (a palavra tranquilo e suas variantes, SEMPRE me lembram a Plim, que me acordou as 4h da madruga =] )

Falando com a Fê nesse momento,exatamente sobre a "vibe" dessa música. (Aliás, música me lembra que semana que vem tchan tchan tchan GUITAR HERO 2)!!!

Essa música me dá vontade de pegar um vento, queria que o vento fosse colorido...

Friday, October 20, 2006

Pensamento é livre..não tem limite nem de tempo nem de espaço..posso pensa numa pessoa que ta la no outro lado do mundo e numa que ta bem do meu lado que pode nem se dar por conta e penso nas duas com a mesma velocidade... By Kaká
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Gostei disso!
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Falando em pensamento... como a vida da gente pode mudar num piscar de olhos... como não se tem o controle de nada... dá medo se parar pra pensar...

Monday, October 16, 2006



[...] eu tenho uma porção de coisas pra te dizer, dessas coisas assim que não se dizem costumeiramente, sabe, dessas coisas tão difíceis de serem ditas que geralmente ficam caladas, porque nunca se sabe nem como serão ditas nem como serão ouvidas, compreende? [...]Se eu não te disser agora talvez não diga nunca mais, porque tanto eu como você sentiremos uma falta enorme de todas essas coisas, e se elas não chegarem á ser ditas nem eu nem você nos sentiremos satisfeitos com tudo que existimos, por que elas não foram existidas completamente, entende, porque as vivemos apenas naquela dimensão em que é permitido viver, não, não é isso que eu quero dizer, não existe uma dimensão permitida e uma outra proibida, indevassável, não me entenda mal, mas é que a gente tem tanto medo de penetrar naquilo que não sabe se terá coragem de viver, no mais fundo, eu quero dizer, é isso mesmo, você está acompanhando o meu raciocínio? Existe coisas que a gente ainda não pensou, que a gente talvez nunca pense, eu, por exemplo, nunca pensei que houvesse alguma coisa a dizer além de tudo o que já foi dito, ou melhor, pensei sim, não, pensar propriamente não, mas eu sabia, que havia uma outra coisa atrás e além de nossas mãos dadas[...] A nossa diferença fundamental é que você era capaz apenas de viver as superfícies, enquanto eu era capaz de ir ao mais fundo, de não sentir medo desse mais fundo [...] Eu me perguntava até que ponto você era aquilo que eu via em você ou apenas aquilo que eu queria ver em você, eu queria saber até que ponto você não era apenas uma projeção daquilo que eu sentia, e, se era assim, até quando eu conseguiria ver em você todas essas coisas que me fascinavam e no fundo, sempre no fundo, talvez nem fossem suas, mas minhas [...]

Tuesday, October 10, 2006

Não é Natal, nem ano bom
Nem um sinal no céu, nenhum Armagedom
Nenhuma data especial
Nenhum ET brincando aqui no meu quintal
Nada de mais, nada de mal
Ninguém comigo além da solidão
Nem mesmo um verso original
Pra te dizer e começar uma canção
Só chamei porque te amo
Só chamei porque é grande a paixão
Só chamei porque te amo
Lá bem fundo, fundo do meu coração
Nem carnaval, nem São João
Nenhum balão no céu nem luar no sertão
Nenhuma foto no jornal
Nenhuma nota na coluna social
Nenhuma múmia se mexeu
Nenhum milagre da ciência aconteceu
Nenhum motivo nem razão
Quando a saudade vem não tem explicação ...

.

Tristesse...

.
me deixem só!

Wednesday, October 04, 2006


Você pensa que faz o que quer
Não faz
E que quer fazer o que faz
Não quer
Tá pensando que DEUS vais ajudar
Não vai
Que que há males que vêm para o bem
Não vêm
Você acha que ela há de voltar
Não há
Que ao menos alguém vai escapar
Ninguém
Paro pra pensar
Mas não penso mais
De um minuto
Sem pensar em alguém
Que não pára pra pensar em ninguém
Você acha que eu tenho demais
Robei
Você acha que eu sou capaz
Matei
.

Cachorro comedor de ovelha, só matando. To muito nova pra morrer.
=)~
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# Pato Fu- Anormal : é um amor essa música. Ouçam!

Saturday, September 23, 2006


Anda
tira essa dor do peito, anda
despe essa roupa preta e manda
seu corpo deslembrar
Canta
vira dor pelo avesso
Canta
larga essa vida assim as tontas
Deixa esse desenganar
Calma
Dê o tempo ao tempo, calma
alma
Põe cada coisa em seu lugar
E o dia virá, algum dia virá
Sem aviso
então...
.
Saudade de ti Plim, a gente precisa conversar...

Thursday, September 14, 2006

You're the one that I want.
(you are the one i want),
hu , hu, hu,
honey.

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Não é porque eu sujei a roupa bem agora que eu já estava saindo
Nem mesmo por que eu peguei o maior trânsito e acabei perdendo o cinema
Não é por que não acho o papel onde anotei o telefone que estou precisando
Nem mesmo o dedo que eu cortei abrindo a lata e ainda continua sangrando
Não é por que fui mal na prova de geometria e periga d'eu repetir de ano
Nem mesmo o meu carro que parou de madrugada só por falta de gasolina
Não é por que tá muito frio, não é por que tá muito calor
Não é por que eu sei que ela não virá que eu não veja a porta já se abrindo
E que eu não queira tê- la, mesmo que não tenha a mínima lógica esse raciocínio
Não é que eu esteja procurando no infinito a sorte
Para andar comigo
Se a fé remove até montanhas, o desejo é o que torna o irreal possível
Não é por isso que eu não possa estar feliz, sorrindo e cantando
Não é por isso que ela não possa estar feliz, sorrindo e cantando
Não vou dizer que eu não ligo, eu digo o que eu sinto e o que eu sou
Não é por que eu quis e eu não fiz
Não é por que não fui
E eu não vou!
.

Monday, September 11, 2006

When everything's made to be broken
I just want you to know who I am
.

Entende?

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Glosoli me faz viajar muito longe...
Mas pra ser sincera, eu nunca estive por aquí mesmo!
Saudade.
Quer morar comigo?

Friday, September 08, 2006

E hoje em dia, como é que se diz eu te amo?
.
.
.

...tenho por princípios
Nunca fechar portas
Mas como mantê-las abertas
O tempo todo
Se em certos dias o vento
Quer derrubar tudo?...

.

.

.


"Eu me acostumo, mas não amanso."

Clarice. óbvio




Friday, September 01, 2006

This is the moment that you know
That you told you loved her but you don't.
You touch her skin and then you think
That she is beautiful but she don't mean a thing to me.
Yeah, she is beautiful but she don't mean a thing to me.
I spent two weeks in Silverlake
The California sun cascading down my face
There was a girl with light brown streaks
And she was beautiful but she didn't mean a thing to me.
Yeah she was beautiful but she didn't mean a thing to me.
Wanted to believe in all the words that i was speaking
As we moved together in the dark
And all the friends that i was telling
And all the playful misspellings
And every bite i gave you left a mark
Tiny vessels oozed into your neck
And formed the bruises
That you said you didn't want to fade
But they did and so did i that day
All i see are dark grey clouds
In the distance moving closer with every hour
So when you ask "was something wrong?"
That i think "you're damn right there is but we can't talk about it now.
No, we can't talk about it now.
"So one last touch and then you'll go
And we'll pretend that it meant something so much more
But it was vile, and it was cheap
And you are beautiful but you don't mean a thing to me
Yeah you are beautiful but you don't mean a thing to me

Death Cab For Cutie


Thursday, August 03, 2006

Die Welt ist meine Vorstellung
“O mundo constitui o inferno, e os homens dividem-se em dois grupos: de um lado ficam os atormentados e, do outro, os demônios."
Todos viemos ao mundo cheios de pretensões
de felicidade e prazer, e conservamos a insensata esperança
de fazê-las valer, até que o destino
nos aferra bruscamente
e nos mostra
que nada é nosso,
mas tudo é dele.
Momento Schopenhauer, adoro.
Momento beijos expressos.
Momento...

Tuesday, July 25, 2006


Guaíba, fim de tarde de sábado... Perfeito!

O cérebro é uma circunvolução muito engenhosa instalada no crânio dos animais. Parece que também em algumas árvores e pedras, mas deixa isso pra depois.
O cérebro, ao contrário do que pensam os seres humanos, foi dado a todos os animais para impedir que qualquer conhecimento a respeito do universo chegasse a seu alcance. Um filtro. O cérebro humano, porém, atingiu tal complexidade que começou a falhar e permitiu ao homem o conhecimento de duas ou três besteiras que não ajudaram em nada. Nenhuma elaboração oriunda do cérebro serviu para tornar o ser humano mais feliz e o conhecimento de meia dúzia de premonições tolas_ como a certeza da morte _ o tornaram o mais infeliz dos animais.
O cérebro serve ainda pra algumas pessoas serem ou se julgarem intelectualmente muito superiores às outras, quer dizer, muito cerebrais. Funciona aproximadamente 24 horas por dia_ mais ou menos como uma caixa automática de banco_ e é quase tão supervalorizado quanto o poder do dinheiro ou um comando militar. Millôr
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Porque a vida é uma só...
desrespeitarei meus semelhantes sempre que necessário
guardarei mágoas e rancores
provocarei e chatearei meus amigos nos meus dias de t.p.m
não aceitarei opiniões que eu considere medíocres
no caso acima, minhas opiniões prevalecerão
não levarei em consideração os conselhos alheios
desprezarei conservadores, alienados e radicais
serei idiota e infantil quando bem desejar
brincarei de roleta russa com os sentimentos dos outros sempre que perceber que estes são falsos
lutarei com unhas e dentes por um amor/ amizade, sempre que eu achar que valha a pena
perderei o bom senso diante da imbecilidade
errarei e recomeçarei sempre que preciso
questionarei todas as verdades absolutas
E quando todos acreditarem em minhas ideologias e em meus argumentos, mudarei de idéia!!!
A vida é agora, o futuro é uma hipótese e no fim cada um terá a inquisição que merecer... Eu também terei a minha!!!
...E tá tudo lá... nos cadernos, na agenda e bem que alguém podia achar legal e talz...
Ego gigante, preciso melhorar isso.

Saturday, July 22, 2006


Era eu a convencer-te que gostas de mim
e tu a convenceres-te que não é bem assim...
Era eu a mostrar-te o meu lado mais puro
e tu a argumentares os teus inevitáveis
Eras tu a dançares em pleno dia
e eu encostado como quem não vê
Eras tu a falar para esconder a saudade
e eu a esconder-me do que não se dizia
... afinal quebramos os dois...
Desviando os olhos por sentir a verdade
juravas a certeza da mentira
mas sem queimar demais
sem querer extinguir o que já se sabia
Eu fugia do toque como do cheiro
por saber que era o fim da roupa vestida
que inventara no meio do escuro onde estava
por ver o desespero na cor que trazias...
... afinal quebramos os dois...
Era eu a despir-te do que era pequeno
e tu a puxares-me para um lado mais perto
onde contamos histórias que nos atam
ao silêncio dos lábios que nos mata...!
Eras tu a ficar por não saber partir...
e eu a rezar para que desaparecesses...
Era eu a rezar para que ficasses..
e tu a ficares enquanto saías.
... não nos tocamos enquanto saías.
não nos tocamos enquanto saímos.
não nos tocamos e vamos fugindo
porque quebramos como crianças
...afinal quebramos os dois...
...e é quase pecado o que se deixa...
...quase pecado o que se ignora...

Thursday, July 20, 2006


SE PERGUNTAREM POR MIM DIGAM:
Que as raízes de meus ventos dispersaram tantas quimeras
mas que os vendavais de meus dias não perderam suas cores
que o sol, o mar e as areias da praia fluem em mim como os acordes de Debussy num fim de tarde
que todos os azuis e verdes, às vezes, me habitam
que, às vezes, sou uma pobre noite sem estrelas puras
que meus duendes teimam em desfilar sorridentes por todos os meus rios
que meus sonhos de tão vagos não encontraram janelas nem portas.
.
Casa de uma amiga:
_ Sabe "Lívia", eu tava pensando... Eu preciso mudar esse meu jeito.
Quer dizer, não é que eu seja uma pessoa... tu sabe... Mas é que eu sou muito...
_ É, tu é muito, muuuito!
/risada diabólica afu
.
* talvez eu brinque com os sentimentos como quem brinca de roleta russa.

Saturday, July 15, 2006

Os anjos gritam comigo...
Ela não tem que dar razões, nem ser pesarosa, é só demasiado drama... Como uma auto-agressão/ auto-diversão. Há quem goste de tudo! Repetidamente ela olha pros dois lados, e acredite, ela gosta muito do que vê. Descobre um mundo de sensações surpreendentes e cala. Ela odeia dividir. É livre, e guarda isso em segredo, teme que rompam sua liberdade. Então mantenha uma distância segura. Mas segure-se nela, não deixe ela ir embora. Sugiro que dê-lhe licença quando ela quizer passar... A paixão é criação, a arte começa primeiro dentro da sua mente, o que você via era uma tela em branco, deixe ela transformar...

(adoro escrever sobre mim em terceira pessoa, nem td faz sentido, eu sou "insana" como diria o Iuri, não dêem bola é só um exercício pra minha mente criativa)


"O homem é menos ele mesmo quando fala na sua própria pessoa. Dê-lhe uma máscara e ele dirá a verdade" - Oscar Wilde

Friday, July 14, 2006

Patos selvagens são o que há, adoro...
Ah, tanta coisa que queria falar...
Queria que ontem não tivesse acabado sabe?
Que o dia durasse uma semana, porque eu tava me divertindo e tava tão feliz e tão...
Ai ai, sei lá... Perspectivas mudando. Como é bom ver as pessoas sob a luz do sol às vezes.
Tá, sem mais exposição.

Wednesday, July 12, 2006

Nothing really matters
Anyone can see
Nothing really matters
nothing really matters to me
.
Crianças que vendem flor na parada de ônibus.
Puxo assunto com elas. Rapidamente elas parecem me adorar.
Caminhão da coca- cola (o natal vem vindo, vem vindo o natal)
_Hei criançada aquele alí de camisa vermelha é papai- noél.
As crianças estragam toda a camiseta.
O dono da camiseta fica bem brabo.
Vem o ônibus e elas se despedem de mim me dando um abraço coletivo e
uma rosa.
Adoro crianças =)~
Adoro ser a Vanessa/ adorei essa noite/ como o Beco tem histórias...
.
Que ressaca divertida!!! Sem comentários...
;)

Monday, July 10, 2006

Não leve a mal, é só um "desabafo" já passa, tchau. Vamos ser felizes então, to precisando te/ me deixar um pouco em paz! Andei invadindo teu espaço, andei passando dos limites. Tava tudo tão alí na minha frente, acho que prefiri não ver que essa história já tinha um ponto e eu enxergava três... Minha marra não me deixa abandonar o barco, volta e meia tento encostar no teu porto, mas teu mar é revolto, as ondas me arrastam não consigo ancorar. E tudo fica assim, sem mais nem menos (by vah)
E eu pensei: talvez você tenha me esquecido
Eu só não consegui foi te acertar o coração
.
De qualquer forma:
Não vou viver, como alguém que só espera um novo amor
Há outras coisas no caminho onde eu vou
As vezes ando só, trocando passos com a solidão
Momentos que são meus, e que não abro mão
Já sei olhar o rio por onde a vida passa
Sem me precipitar, e nem perder a hora
Escuto no silêncio que há em mim e basta
Outro tempo começou pra mim agora
Vou deixar a rua me levar
Ver a cidade se acender
A lua vai banhar esse lugar
Eu vou lembrar você
É mas tenho ainda muita coisa pra arrumar
Promessas que me fiz e que ainda não cumpri
Palavras me aguardam o tempo exato pra falar
Coisas minhas, talvez você nem queira ouvir...
Não vá, ou vá
Você é quem quer
.
Eu desejo que desejes ser feliz de um modo possível e rápido, desejo que desejes uma via expressa rumo a realizações não utópicas, mas viáveis, que desejes coisas simples como um suco gelado depois de correr ou um abraço ao chegar em casa, desejo que desejes com discernimento e com alvos bem mirados.
Mas desejo também que desejes com audácia, que desejes uns sonhos descabidos e que ao sabê-los impossíveis não os leve em grande consideração, mas os mantenha acesos, livres de frustração, desejes com fantasia e atrevimento, estando alerta para as casualidades e os milagres, para o imponderável da vida, onde os desejos secretos são atendidos.
Desejo que desejes trabalhar melhor, que desejes amar com menos amarras, que desejes parar de fumar, que desejes viajar para bem longe e desejes voltar para teu canto, desejo que desejes crescer e que desejes o choro e o silêncio, através deles somos puxados pra dentro, eu desejo que desejes ter a coragem de se enxergar mais nitidamente.
Mas desejo também que desejes uma alegria incontida, que desejes mais amigos, e nem precisam ser melhores amigos, basta que sejam bons parceiros de esporte e de mesas de bar, que desejes o bar tanto quanto a igreja, mas que o desejo pelo encontro seja sincero, que desejes escutar as histórias dos outros, que desejes acreditar nelas e desacreditar também, faz parte este ir-e-vir de certezas e incertezas, que desejes não ter tantos desejos concretos, que o desejo maior seja a convivência pacífica com outros que desejam outras coisas.
Desejo que desejes alguma mudança, uma mudança que seja necessária e que ela não te pese na alma, mudanças são temidas, mas não há outro combustível para essa travessia. Desejo que desejes um ano inteiro de muitos meses bem fechados, que nada fique por fazer, e desejo, principalmente, que desejes desejar, que te permitas desejar, pois o desejo é vigoroso e gratuito, o desejo é inocente, não reprima teus pedidos ocultos, desejo que desejes vitórias, romances, diagnósticos favoráveis, mais dinheiro e sentimentos vários, mas desejo, antes de tudo, que desejes, simplesmente.
Martha Medeiros.
.
Mostra a tua antiga personalidade pro teu novo "amor". Não priva ele disso, é a coisa mais especial em ti, juro.

Saturday, July 08, 2006

O DIABO PRECISA DE FOGO...

Odeio essa minha eterna insatisfação, descontentamento. Abismo infinito... Tédio, ócio, falta de rumo, paixão, diversão. Essa doença privada, de quem não sabe o que quer. E depois também, nem é só isso... Tenho feito tudo errado, e cada vez mais. To presa na minha própria teia e não consigo escapar. No fim, dar atenção pra todas as pessoas e não dar atenção pra nenhuma dá no mesmo, não faz a menor diferença, é um puta disperdício, e eu me disperdiço demais. E erro... Erro muito, o tempo todo eu estou errando, mas isso não faz de mim uma má pessoa, eu tento acertar, as vezes me perco no caminho, mas mesmo assim... Sei lá. Acho que minha mania de estar sempre na defensiva me afasta de todo mundo. Todo mundo que eu podia conhecer muito mais e que podia me conhecer também, mas nunca conhecem, porque eu não deixo, eu me afasto ou afasto os outros. Na verdade acho tudo muito superficial, isso me cansa afuu. E essa minha tendência à relações impossíveis, sério, porque sempre as pessoas impossíveis? Porque não aquelas que estão alí bem perto esperando uma chance? Nem tudo precisa ser desafiador né? Mas e aí, que graça teria? O maior erro de todos? Pensar demais... Eu me considero uma das pessoas mais fortes que existem e sempre me orgulho muito disso, mas porque ser forte? Parece que os fracos sempre conseguem mais coisas, porque pedem, porque choram... Eu não preciso ser auto-suficiente, eu não preciso ser "superior", mas então eu já não seria mais eu. Trocar o papel de vilã pelo da mocinha bem que seria interessante... Eu podia ao menos dar um pouco mais de mim pra quem realmente importa. Eu podia ao menos ter aceitado o que quizeram me dar e eu estupidamente recusei, e eu não sei nem porque. Na real eu sei extamente porque!!! Também a vida é deixar rolar, a gente não controla nada, e que se foda. Não vim ao mundo pra sofrer, eu quero é ser feliz. Tudo que faço é porque posso. Aliás todos podem o que quizerem, afinal existe uma pseudo-liberdade não é? Então digamos que eu estou disposta a fazer algumas coisas em pró da minha liberdade, afinal o que as pessoas estão fazendo, lutando pela delas. Isso é tudo, ponto.

.

O diabo definitivamente precisa de fogo ;)~

Thursday, July 06, 2006



Dont stop me now!

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EU QUERO A CRÊ!!!!!

(master saudadeeee)

Tuesday, July 04, 2006



"Rifa-se um coração quase novo.
Um coração idealista.
Um coração como poucos.
Um coração à moda antiga.
Um coração moleque que insiste em pregar peças no seu usuário.
Rifa-se um coração que na realidade está um pouco usado, meio calejado, muito machucado e que teima em alimentar sonhos e, cultivar ilusões.
Um pouco inconseqüente que nunca desiste de acreditar nas pessoas.
Um leviano e precipitado coração que acha que Tim Maia estava certo quando escreveu..."...não quero dinheiro, eu quero amor sincero, é isso que eu espero...".
Um idealista...
Um sonhador...
Rifa-se um coração que nunca aprende.
Que não endurece, e mantém sempre viva a esperança de ser feliz, sendo simples e natural.
Um coração insensato que comanda o racional sendo louco o suficiente para se apaixonar.
Um furioso suicida que vive procurando relações e emoções verdadeiras.
Rifa-se um coração que insiste em cometer sempre os mesmos erros.
Esse coração que erra, briga, se expõe.
Perde o juízo por completo em nome de causas e paixões.
Sai do sério e, às vezes revê suas posições arrependido de palavras e gestos.
Este coração tantas vezes incompreendido.
Tantas vezes provocado.
Tantas vezes impulsivo.
Rifa-se este desequilibrado emocional que abre sorrisos tão largos que quase dá pra engolir as orelhas, mas que também arranca lágrimas e faz murchar o rosto.

Um coração para ser alugado, ou mesmo utilizado por quem gosta de emoções fortes.
Um órgão abestado indicado apenas para quem quer viver intensamente, contra indicado para os que apenas pretendem passar pela vida matando o tempo, defendendo-se das emoções.
Rifa-se um coração tão inocente que se mostra sem armaduras e deixa louco seu usuário.
Um coração que quando parar de bater ouvirá o seu usuário dizer para São Pedro na hora da prestação de contas:- "O Senhor pode conferir. Eu fiz tudo certo, só errei quando coloquei sentimento.
Só fiz bobagens e me dei mal quando ouvi este louco coração de criança que insiste em não endurecer e, se recusa a envelhecer".
Rifa-se um coração, ou mesmo troca-se por outro que tenha um pouco mais de juízo.
Um órgão mais fiel ao seu usuário.
Um amigo do peito que não maltrate tanto o ser que o abriga.
Um coração que não seja tão inconseqüente.
Rifa-se um coração cego, surdo e mudo, mas que incomoda um bocado.
Um verdadeiro caçador de aventuras que ainda não foi adotado, provavelmente, por se recusar a cultivar ares selvagens ou racionais, por não querer perder o estilo.
Oferece-se um coração vadio, sem raça, sem pedigree.
Um simples coração humano.
Um impulsivo membro de comportamento até meio ultrapassado.
Um modelo cheio de defeitos que, mesmo estando fora do mercado, faz questão de não se modernizar, mas vez por outra, constrange o corpo que o domina.
Um velho coração que convence seu usuário a publicar seus segredos e a ter a petulância de se aventurar como poeta".
Clarice Lispector

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foto/ casa da Jô.

Friday, June 30, 2006

" Mas o vazio tem o valor e a semelhança do pleno. Um meio de obter é não procurar, um meio de ter é o de não pedir e somente acreditar que o silêncio que eu creio em mim é a resposta a meu - a meu mistério."

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Não fale desse jeito comigo que eu não gosto

Eu tô fingindo calma com a alma carregada

Não fale desse jeito comigo que eu não quero

Não se meta nem comigo nem com o povo que eu paquero

Não fale desse jeito comigo que eu detesto

Tão dizendo nas esquinas, nas quebradas, é que eu não presto

Esse calor que sai de você embaçou o meu retrovisor

Você não quer que eu olhe pra trás e diz que o passado já passou

Esse calor que sai do cigarro que você fuma falando de amor

Não fale mais, o futuro é a arma da ilusão que foi você que carregou

Não fale desse jeito comigo que eu atiro

Eu tô num dia lindo com minha nuvem carregada

Que não cruze o meu caminho quem me despreza

Na guerra eu tô no meu direito e já inventei a minha reza

Eu jogo pra ganhar e de ninguém eu tiro

E se não escutou, eu uso o berro, eu uso o grito

Não fale desse jeito comigo que eu não gosto

Não fale desse jeito comigo que eu não quero

Não fale desse jeito comigo que eu detesto

Não fale desse jeito comigo que eu não gosto


dark side

Thursday, June 29, 2006

"Eu estou exatamentente onde quero estar"
"Feliz o destino da inocente vestal
Esquecendo o mundo e sendo por ele esquecida
Brilho eterno de uma mente sem lembranças
Toda prece é ouvida, toda graça se alcança"
(Alexander Pope)
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Com certeza brilho eterno foi uma das coisas mais lindas que já ví. Estranho porque algumas pessoas simplesmente não foram "tocadas" pelo filme.
Mas eu sim... Eu Vah bixa sim e muito.
Mudando a história, tava lendo o texto do Iuri: "Talvez o nada seja uma mulher."
E sim Iuri, tá tudo interligado. Porque nós "super pensantes" temos essas visões amplificadas das coisas? Acho que isso não é justo. Sério!
Lí também que meu eterno namorado não passou no vestibular pra um tal curso de Formação de escritores?????
Lí teu texto e sinceramente ADOREI, achei bem bom. Aliás tu é muuito criativo. Então na boa,
me explica porque diabos tu faria um curso pra "formação de escritores". Não acredito que possam formar escritores.
Acredito que se tem um dom pra isso. Eu acho que tu tem.
Formar escritores, tsc tsc , faça-me o favor, a unisinos anda superando!
By the way, baby melhorou da pedrinha? E quando vamos tomar aquele café? Novidade: não estou gripada \o/. (saudades...)
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Voltando a brilho eterno: Se tu pudesse apagar alguém da memória, quem tu apagaria?
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Nem toda dor merece grito, anda em silêncio nas ruas e cala a tua angústia. Tua filha te abandona e tu reza a noite inteira. Que os santos te ajudem mulher!
Ela anda tão perdida que esqueceu até aquele teu casaco marrom, presente da tia dulce. Aquele com uma costura grossa.
Andou se apaixonando por um rapaz, coitada!
Deu bixo ruim, como quase todos né cumadre?
Didia anda cabisbaixa, mas nem sabe o que lhe causa. Desculpa esfarrada pra passá a noite em claro, e olha que ela ri que nem sei.
Nem toda dor merece grito cumadre. Volta pra casa, que já passa das dez...
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Caralhoo meu ego vai explodir!!!! =)

Wednesday, June 28, 2006


Por que que o sol nasceu de novo e não amanheceu?
Por que que Deus criou o homem e não se arrependeu?
Por que que a crença no futuro é fatal e a serpente simboliza o mal?
Por que que tudo que é bonito está trancado no museu?
Por que que eu nasci assim e meu irmão assado?
Por que beber wisk-soda prá ficar animado?
Por que que o tempo
Deixa tudo prá trás
e sempre que você consegue quer mais?
Por que na hora do naufrágio cada um vai pro seu lado?
Por que que eu tenho uma caneta e não sei escrever?
Por que eu passo a noite inteira sem nada para ler?
Por que que a agulha da vitrola sumiu e o anúncio do cinema caiu?
Por que que eu faço essas perguntas sem ninguém prá responder?

Monday, June 26, 2006



Para além da orelha existe um som, à extremidade do olhar um aspecto, às pontas dos dedos um objeto - é para lá que eu vou.
À ponta do lápis o traço. Onde expira um pensamento está uma idéia, ao derradeiro hálito de alegria uma outra alegria, à ponta da espada a magia - é para lá que eu vou.
Na ponta dos pés o salto. Parece a história de alguém que foi e não voltou - é para lá que eu vou. Ou não vou?
Vou, sim. E volto para ver como estão as coisas. Se continuam mágicas.
Realidade? eu vos espero. E para lá que eu vou. Na ponta da palavra está a palavra. Quero usar a palavra "tertúlia" e não sei aonde e quando. À beira da tertúlia está a família. À beira da família estou eu. À beira de eu estou mim. É para mim que eu vou.
E de mim saio para ver. Ver o quê? ver o que existe. Depois de morta é para a realidade que vou. Por enquanto é sonho. Sonho fatídico.
Mas depois - depois tudo é real. E a alma livre procura um canto para se acomodar. Mim é um eu que anuncio.
Não sei sobre o que estou falando. Estou falando de nada. Eu sou nada. Depois de morta engrandecerei e me espalharei, e alguém dirá com amor meu nome. É para o meu pobre nome que vou.
E de lá volto para chamar o nome do ser amado e dos filhos. Eles me responderão. Enfim terei uma resposta. Que resposta? a do amor.
Amor: eu vos amo tanto. Eu amo o amor. O amor é vermelho. O ciúme é verde. Meus olhos são verdes. Mas são verdes tão escuros que na fotografia saem negros. Meu segredo é ter os olhos verdes e ninguém saber.
À extremidade de mim estou eu. Eu, implorante, eu a que necessita, a que pede, a que chora, a que se lamenta. Mas a que canta. A que diz palavras. Palavras ao vento? que importa, os ventos as trazem de novo e eu as possuo.

Eu à beira do vento. O morro dos ventos uivantes me chama. Vou, bruxa que sou. E me transmuto.
Oh, cachorro, cadê tua alma? está à beira de teu corpo? Eu estou à beira de meu corpo. E feneço lentamente.
Que estou eu a dizer? Estou dizendo amor. E à beira do amor estamos nós.

Friday, June 23, 2006


POR NÃO ESTAREM DISTRAÍDOS
Clarice Lispector
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Havia a levíssima embriaguez de andarem juntos, a alegria como quando se sente a garganta um pouco seca e se vê que, por admiração, se estava de boca entreaberta: eles respiravam de antemão o ar que estava à frente, e ter esta sede era a própria água deles. Andavam por ruas e ruas falando e rindo, falavam e riam para dar matéria peso à levíssima embriaguez que era a alegria da sede deles. Por causa de carros e pessoas, às vezes eles se tocavam, e ao toque - a sede é a graça, mas as águas são uma beleza de escuras - e ao toque brilhava o brilho da água deles, a boca ficando um pouco mais seca de admiração. Como eles admiravam estarem juntos! Até que tudo se transformou em não. Tudo se transformou em não quando eles quiseram essa mesma alegria deles. Então a grande dança dos erros. O cerimonial das palavras desacertadas. Ele procurava e não via, ela não via que ele não vira, ela que, estava ali, no entanto. No entanto ele que estava ali. Tudo errou, e havia a grande poeira das ruas, e quanto mais erravam, mais com aspereza queriam, sem um sorriso. Tudo só porque tinham prestado atenção, só porque não estavam bastante distraídos. Só porque, de súbito exigentes e duros, quiseram ter o que já tinham. Tudo porque quiseram dar um nome; porque quiseram ser, eles que eram. Foram então aprender que, não se estando distraído, o telefone não toca, e é preciso sair de casa para que a carta chegue, e quando o telefone finalmente toca, o deserto da espera já cortou os fios.
Tudo, tudo por não estarem mais distraídos.



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Clarice me agonia...
Sim eu uso muito essa palavra: AGONIA!
Lembrei de uma música do Djavan que tem uma frase que parece me descrever muito bem:
"Nem que eu bebesse o mar, encheria o que eu tenho de fundo..."

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Lembrei de uma conversa recente que a Jô e eu tivemos, sobre o quanto somos eternas insatisfeitas.
E que a ignorância é o segredo da felicidade. (FATO)

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Isso são só... sei lá, pensamentos soltos...
Não canso de tentar me entender! Também não canso de lembrar.
=)~


Esquadros...

Thursday, June 22, 2006

Pronto
Agora que voltou tudo ao normal
Talvez você consiga ser menos rei
E um pouco mais real
Esqueça
As horas nunca andam para trás
Todo dia é dia de aprender um pouco
Do muito que a vida traz.
Mas muito pra mim é tão pouco
E pouco é um pouco demais
Viver tá me deixando louca
Não sei mais do que sou capaz
Gritando pra não ficar rouca
Em guerra lutando por paz
Muito pra mim é tão pouco
E pouco eu não quero (mais)
Chega!
Não me condene pelo seu penar
Pesos e medidas não servem
Pra ninguém poder nos comparar
Por que
Eu não pertenço ao mesmo lugar
Em que você se afunda tão raso
Não dá nem pra tentar te salvar...
Veja
A qualidade está inferior
E não é a quantidade que faz
A estrutura de um grande amor
Simplesmente seja
O que você julgar ser o melhor
Mas lembre-se que tudo que começa com muito
Pode acabar muito pior
(essa música é maravilhosa e Maria rita cantando \o/)
Se quero grito
Se não gosto, falo.
Não engulo sapo, não engulo a dor.
A dor vomito, toda mágoa na privada...
Nunca disse que eu era fácil,
minha pose de princesa eu só deixo no caixão.
Procura outra boneca pra tua coleção!

Tuesday, June 20, 2006


Nobody Knows Me ...

Quando o mundo parece desmoronar em torno de mim e eu só vejo gente que não faz a menor diferença. Eu penso em ti e me sinto bem! As coisas não têm sido as mesmas desde então...

Mais e mais eu digo que não me importo

Que sou imune à escuridão, que sou forte cada vez mais

Mas toda vez importa e todas as minhas palavras me abandonam

Então qualquer um pode me machucar, e eles me machucam...

Pedir desculpas já nem cabe mais. =[

Sunday, May 28, 2006

Baby, baby
I know that' s the way
O dia tá muito lindo. Eu acordei muito de bom humor hoje.
Estranhamente estou com vontade de fazer muitas coisas, ou qualquer coisa, qualquer coisa mesmo.
Sentar numa graminha e pegar um sol. Ou quem sabe dar uma caminhada com os amigos.
Queria tanto ver o Maurício, to sentindo muita, muita falta dele.
Preciso conhecer o filho da Rocha, é ridículo eu ainda não conhecê-lo.
Preciso ir a Pelotas passar uns dias com a Crê. Preciso arrumar tempo pra fazer as coisas. Ou parar de fingir que não tenho tempo pra nada.
Preciso parar de perder tempo com algumas coisas.
Preciso passar mais tempo comigo!
E é isso que eu vou fazer hoje. Passar algum tempo comigo e talvez até me divertir!!!
E vou escutar Baby, mil vezes, até cansar, mas eu nunca canso... Vontade de voar...

Monday, May 22, 2006


O GRANDE JOGADOR
Ela acreditava que a sorte estava sempre a seu lado. Sempre apostou todas as suas fichas , pagou pra ver cada jogada de sua vida.
E o que é a vida senão um grande jogo?
Não sabe contar se ganhou mais do que perdeu... Talvez tenha empatado na maioria das vezes. Mas mesmo assim continua no jogo.
Aliás, parar de jogar não era algo que ele teria cojitado. Sua precaução era semprer escolher bons jogadores.
E jogar... Jogar sempre... Seguir jogando...Jogar porque
Na vida vale a pena o risco da perda, que no fim é o mesmo risco que se corre pra ganhar: 50 x 50 !
Algumas vezes ela vai ganhar, outras vezes vai perder...
E de mais em mais, só "não se perde o que não se tem", e o que se ganha é lucro.




Será que ainda posso usar algum recurso, ou o juiz já deu a sentença?
Eu já gritei , eu me arrisquei,
Eu me queimei, eu fiz de tudo
Eu me pus no seu lugar,
E se você não responder não fico mais nenhum segundo
Nada vai me segurar
Não vou ficar marcando passo,
Me diz agora se você vem comigo ou se vai ficar
Eu já tô largando tudo, caindo fora
Nada mais me prende aqui nesse lugar
Tô mudando o meu destino
Joguei fora o que não presta
Agora eu quero mesmo e vou enlouquecer
É hora da virada partir pro tudo ou nada
Eu não tô com nem um tempo pra perder...

Friday, May 19, 2006


“O meu mundo não é como o dos outros, quero demais, exijo demais, há em mim uma sede de infinito, uma angústia constante que nem eu mesma compreendo, pois estou longe de ser uma pessimista; sou antes uma exaltada, com uma alma intensa, violenta, atormentada, uma alma que não se sente bem onde está, que tem saudade...sei lá de quê!”


Não vou dizer que tudo é banalidade
Ainda há surpresas mas eu sempre quero mais
É mesmo exagero ou vaidade
Eu não te dou sossego, eu não me deixo em paz

Sunday, May 07, 2006

Maybe this weight was a gift
like I had to see what I could lift
*Do it again... eu podia ouvir até morrer, juuuro! (Nada Surf)
Várias agonias... Ai q droga, não sei o que anda acontecendo comigo!!!

Wednesday, May 03, 2006


Às vezes o tigre em mim se demonstra cruel como é próprio da espécie. Outras, cochila ou se enrosca em afago emoliente mas sempre tigre disfarçado.





Eu já nem me preocupo com nada. Não é porque você dá as cartas que vai ganhar o jogo.
Ela tá ficando mais velha. Nem parece a mesma, tão igual!




Lí "O homem dela" hoje. E esse texto do meu ex futuro marido. Me fez pensar em umas coisas.
Mas no fim a gente deu boas risadas e ótimos beijos de despedida. Nossa, foram muitas despedidas!